Talvez seja mais simples nem prestar atenção. No fundo, é o
caminho que se repete diariamente, à mesma hora, no mesmo meio de transporte,
para chegar ao mesmo sítio, partindo do mesmo sítio.
Objectivamente, estar a prestar atenção a um caminho que
também não muda é algo como uma perda de tempo. Não se ganha mais por isso e
gasta-se energia que pode ser, depois, aproveitada para objectivos concretos.
Lembrei-me de um vídeo de Ben
Zander, em Davos, em 2009 (a partir do minuto 34). Da diferença entre tocar
com o objectivo de repetir da melhor forma algo que se sabe bem e se ensaiou
repetidamente e tocar com o foco no que se está a fazer. Vale a pena ouvir os vinte minutos da intervenção deste quarteto de cordas, antes e depois da intervenção de Zander. A mente de
principiante de Shunryu
Suzuki. A ideia que, por mais que uma acção se repita, traz sempre algo
novo consigo.
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